“Quando o corpo pede pausa, mas a mente continua no modo automático.” Essa é uma das formas mais silenciosas de alerta do nosso organismo — e também uma das mais ignoradas. A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado por condições de trabalho desgastantes, que afeta cada vez mais pessoas em diferentes áreas e funções.
Descoberta na década de 1970 pelo psicanalista norte-americano Herbert Freudenberger, a síndrome do burnout chamou atenção por evidenciar que relações de trabalho podem, sim, adoecer. E mais do que isso: podem levar o indivíduo ao limite físico e mental.
Quando o esgotamento é um sinal de alerta
A palavra “burnout” significa, literalmente, queimar por completo. O termo descreve a sensação de estar emocionalmente e fisicamente esgotado após um longo período de exposição ao estresse.
Os sintomas da síndrome de burnout envolvem:
- Fadiga constante, mesmo após o descanso
- Alterações no sono (insônia ou sonolência excessiva)
- Dores de cabeça e musculares frequentes
- Queda de imunidade
- Irritabilidade, ansiedade, crises de choro
- Apatia, distanciamento emocional e desmotivação
- Sensação de vazio e inutilidade
Esse sofrimento não aparece da noite para o dia — ele é o acúmulo de pequenas e grandes sobrecargas ignoradas ao longo do tempo.
Causas da síndrome de burnout
A síndrome do burnout pode atingir qualquer pessoa, independentemente da profissão, idade ou gênero. No entanto, pesquisas mostram que ela é mais comum entre os 25 e 40 anos, especialmente em áreas como:
- Saúde
- Educação
- Segurança pública
- Direito
- Serviços públicos
As causas da síndrome de burnout são múltiplas e geralmente incluem:
- Alta carga de trabalho
- Pressão por resultados
- Ambiente de trabalho tóxico ou conflituoso
- Falta de reconhecimento
- Medo de perder o emprego
- Problemas familiares e pessoais
- Baixa autoestima e frustrações acumuladas
Como identificar a síndrome de burnout
Identificar o burnout requer atenção aos próprios sentimentos e comportamentos. Um dos principais indícios é a despersonalização, quando o profissional se torna indiferente ao seu trabalho, colegas e rotinas.
Se levantar da cama é difícil. O que antes era motivador, agora parece insuportável. A mente está acelerada, mas o corpo está exausto. O prazer pelas pequenas coisas desaparece.
Se você se identifica com esses sinais, é hora de considerar a possibilidade de estar vivendo um quadro de burnout.
Tratamento para síndrome de burnout
O tratamento para a síndrome de burnout envolve cuidados multidisciplinares, com psicoterapia e, em alguns casos, acompanhamento psiquiátrico.
Com o suporte adequado, é possível reconstruir sua relação com o trabalho, com você mesmo e com seus limites.
A terapia é um espaço seguro de acolhimento, reflexão e fortalecimento emocional. Ela não apaga os problemas, mas te ajuda a enfrentá-los com mais consciência e compaixão por si mesmo.
Trabalhar não pode custar sua saúde. Reconheça seus limites, permita-se pausar e procure apoio profissional. Você não está só, e sua saúde mental importa.
Se você ou alguém próximo está sofrendo com esgotamento emocional, não ignore. Busque ajuda.
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